Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Alexandre Herculano
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/MESG/RAE/ES3AH
Título
Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Alexandre Herculano
Datas descritivas
1873-[s.m.]-[s.d.] / 2010-[s.m.]-[s.d.]
Dimensão e suporte
299,02 ml; papel
Produtor descritivo
Portugal, Ministério da Educação, Direcção Regional de Educação do Norte, Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Alexandre Herculano, Porto.
História administrativa/biográfica/familiar
“A pressão escolar de inícios do século XX obriga as entidades competentes a desdobrar as zonas escolares para o ensino secundário e a alterar o número de estabelecimentos liceais existentes. O Porto foi dividido em duas zonas. Pertencem à primeira zona escolar da cidade do Porto as freguesias que constituem o bairro oriental da cidade [...] Os atuais Liceus de Lisboa e Porto são desdobrados por forma a ficar um Liceu Central instalado em cada uma das zonas escolares” (Dec. de 4 de Janeiro de 1906, publicado no Diário do Governo nº 18 de 21 de Janeiro de 1906). As instalações iniciais eram muito deficientes pois ocupavam “um velho e feio pardieiro, ali à rua do Sol, com um pavilhão anexo e apenas coberto por um telhado de zinco [...] as paredes cheiravam a bafio [...] no Inverno frigidíssimo; no Verão exalando calor tórrido” (Sá, 1956 p.5). Em 26 de Setembro de 1908 o Liceu Central da 1ª zona passou a designar-se Liceu Central de Alexandre Herculano e nesta altura já se tornavam necessárias novas instalações que se alugaram na Rua de Santo Ildefonso. Em 1911, foi aprovado no Parlamento, por proposta do deputado Ângelo Vaz, que tinha sido médico no liceu, um projeto de lei que autorizava o empréstimo para a construção de instalações condignas. Na sua intervenção parlamentar, justifica: “ Manter as atuais instalações de ambos os liceus da cidade do Porto é mais do que uma vergonha, porque é um verdadeiro crime contra os mais elementares princípios pedagógicos e os mais sumários preceitos de higiene física e moral”. O Estado construiu o atual edifício da escola Alexandre Herculano num dos talhões em que foi dividida, pela Avenida Camilo, a Quinta de Sacais, que se situava entre as Ruas do Bonfim e do Heroísmo.Em 31 de Janeiro de 1916, o Presidente da República, Bernardino Machado, presidiu à cerimónia do lançamento da primeira pedra do edifício concebido pelo Arquiteto Marques da Silva. O novo liceu é frequentado a partir do ano letivo de 1921/22.O edifício concebido pelo Arquiteto Marques da Silva contemplava inicialmente 28 salas de aula, laboratórios, gabinetes e salas específicas para Física e Química; espaços especiais para aulas de Ciências, Geografia, Desenho e Música; biblioteca, anfiteatro para espetáculos (Teatro e mais tarde Cinema); cinco pátios de recreio, um pátio de desporto, três ginásios, piscina, cozinha e refeitórios, sanitários, gabinetes médicos, sala de professores, gabinete do médico escolar e três “habitações” para o reitor, para o chefe de secretaria e para o tarefeiro (cf. Relatório anual do Liceu de 1934/35).No início da década de sessenta, por iniciativa do Reitor Martinho Vaz Pires, acrescentaram-se oito salas de aulas para garantirem um aumento à previsão inicial de 800 alunos, distribuídos pelos cursos Geral e Complementar (Letras e Ciências).As únicas alterações verificaram-se nas salas que passaram de 28 para 36 e a construção de uma capela destinada, nas palavras do Reitor Martinho Vaz Pires, aos pais que acompanhavam os filhos aos exames.Desde a sua origem, ano de 1906, até ao ano de 1933 a frequência é mista. A partir de 1933 passa a ser só masculina, e volta a ser mista a partir de 1953/54 , apenas nos cursos complementares. A partir de 1975 a frequência mista estende-se ao curso geral.O crescimento da população escolar, sobretudo a partir de inícios da década de 50 é responsável pelo aparecimento das primeiras dificuldades nas instalações do Liceu Alexandre Herculano.Paralelamente verifica-se o aparecimento de secções do liceu espalhadas por Vila Nova de Gaia, 1964 (mais tarde Liceu Almeida Garrett), Penafiel, 1968, Santo Tirso, 1968, Paços de Ferreira, 1969 e Ermesinde, 1969, que se emanciparam a partir de 1960.A Escola Secundária 3 Alexandre Herculano fundiu-se com a Escola Secundária Rainha Santa Isabel em Agosto de 2003. Em Agosto de 2009, passou a designar-se Escola Secundária Alexandre Herculano.
Âmbito e conteúdo
O fundo da Escola Secundária Alexandre Herculano é constituído por 32 séries documentais pertencentes às secções: Administração e Gestão; Funcionamento Geral; Recursos Humanos; Recursos Financeiros; Atividade Científico-Pedagógica; Pessoal Discente.
Sistema de organização
A organização das séries documentais inventariadas segue a estrutura adotada pela Portaria de Gestão de Documentos n.º 1310/2005, de 21 de Dezembro.
Condições de acesso
Documentação sujeita a autorização para consulta.
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação.
Localização
Arquivo em fase de instalação definitiva.
Unidades de descrição relacionadas
Relatórios de actividades escolares dos reitores dos liceus (SR); Relatórios de actividades dos professores (SR).
Notas de publicação
Referência bibliográficaESCOLA SECUNDÁRIA ALEXANDRE HERCULANO (ESAH) - A escola: história. Porto: ESAH, 2010.CARDOSO, João (coord.) - Centenário do Liceu de Alexandre Herculano. Porto: Associação dos antigos alunos do Liceu de Alexandre Herculano, 2006.MOGARRO, Maria João - Arquivos e Educação: a construção da memória educativa. In Sísifo: Revista de Ciências da Educação. Lisboa. N.º 1 (Set./Dez. 2006). p. 71-82.
Entidades detentoras de unidades arquivísticas associadas
Portugal. Ministério da Educação. Secretaria-Geral. Direcção de Serviços de Documentação e de Arquivo.