Escola Secundária Marques de Castilho, Águeda
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/MESG/RAE/ES2,3MC
Título
Escola Secundária Marques de Castilho, Águeda
Datas descritivas
1930-[s.m.]-[s.d.] / 2009-[s.m.]-[s.d.]
Dimensão e suporte
56,89 m.l.; papel
Produtor descritivo
Portugal, Ministério da Educação, Direcção Regional da Educação do Centro, Escola Secundária Marques de Castilho, Águeda.
História administrativa/biográfica/familiar
A Escola Secundária Marques de Castilho foi oficialmente criada em 1927 por Decreto nº 13149 de 29 de Janeiro e recebeu o nome de ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE ÁGUEDA. A sua criação respondia às novas exigências e necessidades criadas pelo desenvolvimento económico da vila de Águeda na década de vinte, nomeadamente na área industrial. A certidão de nascimento da atual Escola Secundária Marques de Castilho encontramos-la no Decreto nº 131449, artº 1º, publicado no Diário do Governo nº 32, e retificado no Diário do Governo nº 37, de 29 de Janeiro de 1929. Ali se declara que é criada na vila de Águeda uma escola Industrial e Comercial, mas não se indica ou sugere qualquer patrono local ou nacional. A sua criação resultou da conjugação de vários fatores: por um lado, da solicitação dos habitantes da vila de Águeda, por outro, da necessidade de dar ao pessoal operário dos numerosos estabelecimentos fabris de serralharia e carpintaria mecânicas, de cerâmica, de serração de madeiras e outros, uma boa habilitação profissional. A estes dois fatores acresceu outro, senão o mais importante, que foi o de Águeda ter, na altura, uma frequência escolar, a nível do ensino primário, superior a 2000 alunos, facto que, à partida, para o legislador, assegurava, inteiramente, a frequência de uma escola de ensino técnico elementar (sic). Reconhecida, local e oficialmente, a necessidade da criação de uma escola Industrial e Comercial em Águeda, para a sua instalação seria necessário que o Município fornecesse as instalações apropriadas. Nesse sentido, no dia 6 de Junho de 1927, o Diretor-geral do Ministério do Comércio, acompanhado pelo Presidente da Comissão Municipal, Joaquim de Mello, veio escolher o edifício mais adequado à instalação. Vistoriadas as casas, então consideradas disponíveis, a escolha recaiu sobre a chamada Casa de D. Matilde, propriedade do Conde de Águeda, que, desde logo, facilitou a sua venda pela módica verba de 55 contos suportada pelos cofres da Câmara, com dinheiros retirados dos fundos das Minas de Talhadas que estas foram obrigadas a pagar-lhe destinados a melhoramentos no concelho. As despesas com as instalações eram da responsabilidade do Governo.Os primeiros anos da sua existência não foram nada fáceis, mais por falta de material didático e pobreza de instalações, do que da boa vontade e empenhamento por parte do pessoal docente e auxiliar. Na verdade, no Relatório do ano letivo de 1928/29, o Diretor, padre José Marques de Castilho, afirma que o seu pessoal foi de uma assiduidade e pontualidade inexedíveis, a ponto de alguns não darem uma única falta durante o ano, o seu esforço foi máximo e o rendimento do seu trabalho comprovou publicamente a sua competência e o seu interesse pela causa que lhes foi confiada, apesar de todas as deficiências do edifício em que se trabalhou. De facto, tratava-se de um edifício acanhadíssimo e... pobre de material por falta de dinheiro para o adquirir (v. Relatório de 1928/29), deficiências que se ampliaram ao longo do tempo, angustiosamente confirmadas nos relatórios anuais enviados, repetidamente, pelo Diretor às instâncias superiores. Todos eles, aliás, afirmam, que as salas de aulas são pequenas e não chegam para o serviço (v. Relatório de 1929/30, fl. 3; Relatório de 1930/31, fl. 2; Relatório de 1931/32, fl. 4; Relatório de 1932/33, fl.2; Relatório de 1933/34, fl. 2 e Relatório de 1934/35).Inicialmente instalada na chamada "Casa de D. Matilde", pertencente ao Conde de Águeda, na Rua Fernando Caldeira, a Escola abriu oficialmente o 1º ano letivo em 14 de Novembro de 1927, com 129 alunos inscritos, distribuídos pelos dois cursos existentes, o Curso Comercial e o Curso Industrial, e funcionando em regime de Ensino Diurno e Ensino Noturno.Como diretor fora nomeado o Padre José Marques de Castilho (que se manteria nessa função até 1939) e do quadro do pessoal docente constavam 11 professores e 3 mestres.
Âmbito e conteúdo
O fundo da Escola Secundária Marques de Castilho é constituído por 10 séries documentais pertencentes às secções: Recursos Humanos; Recursos Financeiros; Atividade Científico-Pedagógica; Pessoal Discente.
Sistema de organização
A organização das séries documentais inventariadas segue a estrutura adotada pela Portaria de Gestão de Documentos n.º 1310/2005, de 21 de Dezembro.
Condições de acesso
Documentação sujeita a autorização para consulta.
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação.
Localização
Arquivo em fase de instalação definitiva.
Unidades de descrição relacionadas
"Relatórios de actividades escolares dos reitores dos liceus"."Relatórios de actividades dos professores".
Notas de publicação
Referência bibliográficaESCOLA SECUNDÁRIA MARQUES DE CASTILHO - História da nossa escola. Águeda : ESMC, 2007.MOGARRO, Maria João - Arquivos e Educação: a construção da memória educativa. In Sísifo: Revista de Ciências da Educação. Lisboa. N.º 1 (Set./Dez. 2006). p. 71-82.
Entidades detentoras de unidades arquivísticas associadas
Portugal. Ministério da Educação. Secretaria-Geral. Direcção de Serviços de Documentação e de Arquivo.